16 de maio de 2009

"A aldeia cinzenta" (história):

Era uma vez uma menina que vivia num sítio em que tudo era cinzento: as casa, as pessoas e até os carros... Porém, as flores tinham uma cor diferente, eram brancas como os flocos de neve que a menina via nos livros de histórias. Um dia, quando estava à janela, ficou encantada com o que estava a ver: duas lindas borboletas cheias de cor. Ela nem queria acreditar! Para seu grande espanto, as borboletas chegara até perto dela e convidaram-na a ir dar um passeio para que pudessem ver as cores do arco-íris. A Francisca, que era como a menina se chamava, pegou na sua boneca de trapos, vestiu um casaco muito quentinho, pôs o gorro cinzento e partiu com as borboletas naquela viagem fantástica até ao arco-íris. Voaram por cima das nuvens, viram o Sol, viram as montanhas, olharam para baixo e viram o mar com golfinhos que acenavam enquanto mergulhavam. De repente, pararam e, bem perto dos seus olhos, a menina viu as sete cores do arco-íris. Nesse instante desejou poder levar para a sua aldeia todas aquelas cores. E, como que por magia, naquele instante o arco-íris transformou-se num pincel e o casaco da menina ficou com muitas cores. Depois o arco-íris transformou-se numa varinha mágica e a menina ganhou umas asas doiradas que a levaram até à sua aldeia. Quando lá chegou, lançou pozinhos coloridos por cima das casas, dos jardins, dos baloiços, e tudo às cores. Agora, a sua aldeia já não era cinzenta, as flores tinham muitas cores e as pessoas tinham um sorriso colorido do tamanho do mundo. A partir desse dia, e sempre que chovia, a Francisca espreitava, através da janela do quarto, a chuva colorida que caía sobre a sua aldeia.

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